Por que o Brasil deveria engrossar o discurso contra as mudanças climáticas?

👩‍🌾 No mundo existem cerca de 570 milhões de produtores rurais, que produzem alimentos nos mais diferentes tipos de solo e condições climáticas.

Cerca de 5 mi deles estão no Brasil e concentram sua produção em soja, milho, arroz, cana de açúcar e feijão, além da importante produção de proteína animal. Somos o 4o maior produtor de grãos, com 7,8% da produção global.

Nos próximos 30 anos a demanda por alimentos será 70% maior e apresenta um cenário favorável para desenvolvimento econômico e tecnológico do país. 

Nosso principal inimigo para não liderarmos essa corrida é invisível e muitas vezes desacreditado. Estou falando do aquecimento global.

🌱 Pesquisadores do International Food Policy Research Institute (IFPRI) utilizaram o modelo HadGEM2 para estimar o impacto das mudanças climáticas na produção de 4 culturas: milho, batata, arroz e trigo.

Vale lembrar que esses grãos fazem parte dos 10 alimentos mais consumidos do mundo, que representam 80% das calorias consumidas pelos humanos.

O modelo projeta que o Brasil perderá capacidade produtiva em regiões estratégicas, com impacto de 16% na produção de milho.

A estimativa é uma queda global de 24% do milho, 11% do arroz, 9% de batatas e 3% do trigo.

💸 A mudança climática pode não apenas por um freio nas nossas ambições geopolíticas, como representar um retrocesso no avanço do combate à fome e promoção do bem-estar social internos.

Precisamos fazer a lição de casa na promoção de tecnologia e produção sustentável e cobrar duramente os países poluidores a pagarem sua conta, porque se deixar na "pendura", quem vai pagar somos nós.