ESG no agronegócio é uma demanda global, mas não está claro quem vai pagar a conta
- Natanael Leitão
- 18 de set. de 2023
- 1 min de leitura

📊 A imagem resume as pautas mais discutidas nas reuniões do G20, desde que o grupo começou a se encontrar anualmente, em 2008. A partir de 2019, assuntos como meio ambiente, agricultura e mudança climática ganharam relevância e não é difícil deduzir que tenham sido abordados juntos grande parte das vezes.
O fenômeno também ocorre em eventos técnicos, onde sustentabilidade e eficiência produtiva dividem espaço com rastreabilidade e pegada de carbono. Não basta dizer que é sustentável, precisa provar por meio de dados.
🤼 O que ainda não está claro é quem vai pagar a conta.
Sustentabilidade não dá dinheiro, ou pelo menos os resultados financeiros não podem ser percebidos, sem modelos claros de penalização aos agressores do #meioambiente ou bonificação de preservadores.
👨🌾 O produtor, que trabalha com margens estreitas, enxergar na sustentabilidade um aumento de custos e não se dispõe a colocar a saúde financeira do seu negócio em risco para se tornar eco-friendly.
🏭 A indústria de insumos trabalha na zona de conforto e não assume os custos de implementações tecnológicas no #agronegócio, caso percebam algum risco de comprometer o balanço anual.
👔 Os investidores só estão dispostos a investir em tecnologias de baixo impacto ambiental se tiverem um multiplicador cheio de zeros para obterem retorno sobre os investimentos.
O consumidor não quer pagar mais caro em um produto de baixo impacto ambiental, e aumentar o preço dos #produtosagrícolas nas gôndolas, poderia agravar ainda mais o cenário de insegurança alimentar que atinge os países mais pobres ou em desenvolvimento.
No fim das contas, uma pauta de forte apelo público, permanece assunto de eventos técnicos e políticos.
Todo mundo quer ser sustentável, mas ninguém quer sentar na ponta da mesa 💸
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