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Projeto de Lei contra o uso de células tronco

O uso de células tronco embrionárias humanas em atividades de pesquisa e desenvolvimento está prestes a ser proibido no Brasil.


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Em 2005 foram aprovadas as Lei de Biossegurança e Lei da Engenharia Genética que previam a utilização de células embrionárias em P&D. O objetivo era dar um arcabouço legal para os pesquisadores explorarem o potencial dessas células em novas terapias e tratamentos regenerativos.


Em 2020, o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) protocolou um projeto para alterar as leis de 2005 e proibir o uso das células tronco humanas para qualquer fim. O argumento está no texto acima. O projeto segue em tramitação.


A argumentação desse senhor para proibir o uso de células troncos de embriões humanos em P&D tem 5 parágrafos. Não tem uma referência, não conta com a fala de um especialista, não teve um debate com a comunidade científica. São 5 parágrafos com uma argumentação que seria melhor redigida pelo ChatGPT.


O texto tem ainda um erro temporal quando fala da empresa norte americana, que o descredibiliza ainda mais.


Em 2023, com a ebulição das tecnologias e discussões profundas sobre seu papel na transformação econômico-social do país, não é possível tratar esse tema com uma argumentação tão superficial.


Sou favorável ao uso de células tronco embrionárias humana em P&D, mas não teria nenhum problema em mudar de opinião diante de uma argumentação com embasamento técnico-científico.


Pela falta de preparo técnico do senador e equipe de assessores para abordar um tema tão sensível, o projeto deveria ser rejeitado.


Originalmente publicado em: LinkedIn

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